Homenagem ao Dia Internacional do Café

Johann Sebastian Bach (1685-1750) é considerado por especialistas como o maior e mais importante compositor musical de todos os tempos, por vários motivos. Também era um amante do café. Bach compôs principalmente música sacra (200 cantatas religiosas; 9 peças litúrgicas em Latim; 5 paixões e oratórios, dentre as quais a Paixão segundo são Matheus, considerada sua obra mais importante). Em muito menor quantidade compôs cantatas seculares (não-religiosas), apenas 15.  Dentre estas a cantata do café é a mais popular (também conhecida como Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211). Foi escrita por volta de 1735 para um conjunto musical chamado The Collegium Musicum, que atuava no café Zimmerman em Leipzig, Alemanha.

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750), German musician and composer playing the organ, circa 1725. From a print in the British Museum. (Photo by Rischgitz/Getty Images)

A ópera cômica narra a história de uma jovem casamenteira, que encontrou um pretendente. Porém, o pai da moça não gosta do hábito dela de beber café, e impõe condições para o casamento para que ela pare de beber café para ter o consentimento. A moça inteligente concorda com o pai e, em segredo, faz o futuro marido concordar que só se casará com ela se depois do casamento ela puder beber café. Ao final, todos concordam que café é uma bebida que uma vez que a gente começa a tomar, é muito difícil de parar… Esta é minha homenagem ao Dia Internacional do Café. A seguir, uma interpretação bem moderna da Cantata do Café de Johann Sebastian Bach.

Pai senhor, mas não seja tão duro!

Se eu não pudesse, três vezes por dia,

ter permissão para beber minha pequena xícara de café,

na minha angústia vou me transformar em

uma cabra assada enrugada.

Ah! Qual o gosto doce do café,

mais gostoso do que mil beijos,

mais suave do que o vinho moscatel.

Café, eu tenho que tomar café,

e, se alguem quiser me mimar,

ah, então me traga café de presente!